ATENÇÃO: Este Blog está repleto de spoilers, pois o público alvo são as pessoas que já assistiram o filme. Portanto, se não quiser estragar a graça de assistir o filme sem nenhuma influência, pare por aqui.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

EM ALGUM LUGAR DO PASSADO

Sinopse - Em 1972 Richard Collier (Christopher Reeve) é um jovem teatrólogo que conhece na noite de estréia da sua peça uma senhora, idosa, que lhe dá um antigo relógio de bolso enquanto, em tom de súplica, lhe diz: "volte para mim". Em 1980 Richard se hospeda no Grand Hotel, resolve então visitar o Salão Histórico e lá ele fica encantado com a fotografia de uma bela mulher, Elise McKenna (Jane Seymour). Collier fica tão obcecado com o rosto de Elise que pesquisa e descobre que ela é a mesma mulher que lhe deu o relógio. Fascinado e apaixonado pela bela mulher da fotografia ele descide voltar à algum lugar do passado para encontrar seu amor, mas para isso ele deve se desligar completamente do presente.

Trailer


Para quem se espantou vendo a viagem no tempo mais tosca de toda historia cinematográfica, com Cristopher Reeve interpretando o Superman (em SUPERMAN 2),e fazendo a terra girar ao contrário podem ficar tranquilos pois nessa história a viagem temporal não é tão ridicula.

Para os fãs de ficção cientifica, esse filme não é de se enxer os olhos, ele está mais voltado para um aspecto romântico do que um aspecto ciêntifico.

Muitos acham que a forma como Richard Collier (Cristopher Reeve) volta no tempo é algo extremamente absurdo, que reflete uma extrema falta de imaginação do autor. Particularmente acho ele foi sábio por não focar a história em máquinas do tempo e etc. Pois se a viagem temporal é possível, o meio mais provável de realiza-la seria atravéz da conciência. Estranho? Talvez. Está sendo comprovado que a máteria reage à consciência, isso foi demostrado pela
experiência de Thomas Young (mais conhecida como a experiência da fenda dupla).

Uma curiosidade é que Richard foi jogado diretamente para o presente quando se deparou com a moeda que estava no bolso direito do seu colete (moeda de 1979), porém logo quando ele faz a viagem temporal para 1912 ele levantou da cama e revistou seus bolsos, viu então a moeda no bolso dele mas ele não sofreu nenhuma viagem temporal por isso.Um erro do filme? Talvez não, pois o filme não deixou claro as questões que interferem nos viajantes do tempo.

Mas algo que eu não encontro explicação é o "Paradoxo do Relógio", no inicio desse filme Elise entrega o relógio a Collier, que por sua vez guardo o relógio. Quando ele volta no tempo ele deixa com Elise.Ela guarda o relógio consigo, por anos, até encontrar Collier na estréia de sua peça (no inicio do filme), criando assim um paradoxo: quem comprou o relógio? quem foi o primeiro a obte-lo? da onde ele veio? de que fábrica? quem o fez? simplismente ele surgiu do nada....

Para os interessados coloquei neste post um video didático sobre a experiência da fenda dupla. Apesar de ser uma animação a experiência é verídica.


11 comentários:

  1. Esse filme é simplismente de lenhar. Eu amo a fotografia dele, em especial na cena do barco, amo a trilha sonora clássica. E acima de tudo amo a história de amor que é encenada numa atmosfera mística, provando a falta de fronteiras para ele no campo espiritual. Aos olhos de alguns pode ser um filme tosco, mas a intencionalidade por trás dele o torna uma obra prima, em minha humilde opinião.

    ResponderExcluir
  2. Manuella! voce tem razão...
    muita gente não da nada pelo filme por não conseguir enxergar diversos aspectos dele...
    e " em algum lugar do passado" esta cheio de aspectos relevantes que passam despercebido!

    ResponderExcluir
  3. Tirou as palavras da minha boca, Andrew. É um filme cheio de metáforar sutis, é preciso assistir com a cabeça e com o coração trabalhando em conjunto. Pra mim continua sendo um filme fantástico, que sobrepõe toda e qualquer crítica negativa.

    ResponderExcluir
  4. Manuella...muitos fãs de ficção cientifica (q representam a maioria dos frequentadores desse blog) não gostam do filme, pois não conseguem perceber q teorias fisicas e emocionais podem estar interligadas...

    ResponderExcluir
  5. Olha, lendo seu texto, pode ser que eu enxergue outra forma de pensar sobre esse filme.
    Porque quando eu assisti, o que eu fiz durante todos os 108 minutos foi emocionar.

    ResponderExcluir
  6. Essa é a questão desse filme!!! ele é ROMANTICO, o que abafa as teorias cientificas envolvidas nele.....
    mas todas as pessoas com quem eu convercei, e que ja assistiram esse ,concordam com vc Euzer....é se emocionar!
    Pois o protagonista só pode ficar com sua amada quando estava entregue de corpo e mente à aquele momento, quando ele se desvinculou por um instante de seu objetivo..tudo se acabou...

    ResponderExcluir
  7. Andrew, é impossível agradar a todos. Isso é fato. Não tenho nada contra Ficção científica -inclusive gosto - mas eu sempre procuro abrir duas vertentes ao analisar o filme que vai do irracional ao racional. Acho que é a melhor forma de fazer uma leitura profunda da obra.

    ResponderExcluir
  8. Apesar desse blog ser destinado a filmes sobre viagem no tempo (ficção cientifica) não se pode criticar as coisas com um olhar fixo em um aspecto único, pois uma obra, seja ela de qualquer genero, nunca aborda um tema só...como Ficção , romance, drama....

    ResponderExcluir
  9. HAHAHA. É exatamente o meu ponto de vista. As análises devem ser líquidas e sujeitas a movimentações. O essencial é prestar atenção aos fatos relevantes sejam eles do aspecto da ficção científica, ou do emocional. Não há diferenciação disso em uma obra, afinal: os assuntos de entrelaçam visando cativar o público.

    ResponderExcluir